Se você adora café e tem a curiosidade de conhecer mais sobre a diferença e a influência dos grãos no sabor da bebida, esse post é para você.
Existem dois tipos usados na produção do café – mais conhecidos no mundo – que são o Arábica (Coffea Arabica) e Robusta ou Conilon (Coffea Canephora), ambos com inúmeras variações, aromas e sabores especiais.
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Café Arábica
- Espécie: Coffea Arabica.
- 1,2% de cafeína.
- 6 a 9% de açúcares.
- Quase o dobro do açúcar do Conilon.
- Os mais usados nas boas cafeterias.
- Representam quase 70% de todo o café do mundo.
- Sabor e aroma suaves e mais adocicados e com maior acidez.
- Plantas mais sensíveis, que produzem menos e exigem mais cuidados.
Café Conilon
- Espécie: Coffea Canephora.
- 3 a 7% de açúcares.
- Representam cerca de 30% da produção mundial.
- 2,2% de cafeína. Quase o dobro da cafeína do Arábica!
- Sabor e aroma mais amargos e marcantes, menos apreciados.
- Os mais usados em cafés solúveis, devido ao seu baixo custo.
- Plantas rústicas que produzem quase o dobro de grãos, sendo frequentemente mantidas e tratadas sem qualquer cuidado no campo.
O primeiro fator que deve ser levado em consideração para definir a qualidade do café é a sua espécie, já que existem diferenças entre as espécies Arábica e Robusta.
O Arábica é um café mais fino, que apresenta uma bebida de qualidade superior, com o maior aroma e sabor. Mesmo assim, existem variações de aromas e sabores dentro dessa espécie.
O Robusta utilizado nos blends, com o Arábica, tem a finalidade de conferir mais corpo à bebida e diminuir a acidez.
Serve também para oferecer um produto de menor custo e ajustar a bebida à preferência ou ao costume de determinada classe de consumidores.
A Arábica representa três quartos da produção mundial de café. A taxa de cafeína deste tipo de grão é de cerca de 1,4%.
Outro fator determinante da qualidade do café é o ambiente onde ele está sendo cultivado, já que a diversidade climática proporciona variações quanto à acidez, corpo, doçura e aroma do café.
E o Brasil possui uma diversidade muito grande de cafés, quanto à qualidade da bebida em decorrência de sua imensa variedade de solos e climas associados a diferentes sistemas de manejo da lavoura e do fruto colhido.
Na produção cafeeira, os cuidados iniciam-se com a escolha do local de plantio (altitude, tipo de solo, vertente de insolação), o espaçamento entre as plantas, os cuidados com adubações, o controle de doenças e pragas.
Café Arábica ou Conilon, qual o melhor?
Finalizando o processo, vêm as decisivas fases de colheita, secagem e processamento, quando se deve ter muito cuidado para que não se perca tudo o que foi conquistado em cada ano de cultivo.
Na colheita, os frutos devem estar em seu ponto máximo de maturação, e ser colhidos sem que entrem em contato com a terra, para que não se contaminem com microrganismos.
Após a colheita, devem passar pela pré-limpeza, retirando as impurezas vindas do campo (folhas, torrões e paus), e lavados o mais rápido possível, para retirar poeira e separar os frutos com diferentes fases de maturação (cereja, verde e seco).
Descoberta e classificada no fim de 1800, a Robusta é muito difundida na África, Ásia, Indonésia e Brasil. Fornece cerca de um quarto da produção mundial.
Depois de lavado, o café é secado no terreiro (ao sol) ou em secadores mecânicos.
Após secagem completa, o café passará pelo beneficiamento (retirada da casca) e pelo rebeneficiamento, onde serão retirados grãos verdes, pretos, defeituosos, ardidos, brocados, ficando pronto para o comércio e a industrialização.
A torra e o grau de moagem são fundamentais para a definição do tipo de bebida. O ponto de torra ideal, que revela todo o sabor e aroma tem a cor de chocolate.
Já a moagem define a forma de preparo do café, por exemplo, moagem fina é usada para o preparo de café turco e moagem grossa para cafeteiras italianas.
Todo o trabalho alcançado até a fase de industrialização pode ser perdido e não se conseguir um bom café se o consumidor não tomar alguns cuidados.
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- Preparar sempre a quantidade exata do café para consumo imediato, pois ele perde suas características depois de uma hora de coado.
- Usar sempre água filtrada, de preferência água mineral, por não conter cloro.
- Lavar o coador somente com água, nunca com sabão, alvejantes ou com o pó que sobrou no coador.
- Não adoçar o café durante o preparo.
- Manter o pó sempre em local fresco e em recipiente fechado.
- A água para o preparo deve estar numa temperatura entre 90ºC e 100ºC; portanto, ela deve ser retirada do fogo logo que se inicia a fervura.
- Deve-se passar pelo pó somente água quente e jamais bebida preparada anteriormente.
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