A torra do café é um dos passos mais importantes na fabricação. A boa torra é aquela que realça as melhores características de sabor, aroma e acidez de cada tipo de grão.
A curva de torra é definida pelo tempo em que o grão de café fica em cada temperatura. Ela interfere no aroma, sabor, corpo, acidez, finalização e equilíbrio.
Quase tudo pode ser trabalhado no processo da torra e o mesmo grão de café terá características muito diferentes conforme o ponto de torra usado.
A primeira parte desse processo é descobrir o potencial de cada café, pois cada tipo oferece um espectro de possibilidades e, apesar de complexo, podemos começar a descobrir seu potencial olhando primeiramente para a acidez e o corpo.
Os níveis de torra podem ser diferenciados pela cor do grão de café e o aroma. A torra pode ser clara, média ou escura.
1 – CAFÉ TORRA CLARA OU LIGTH
Acentua acidez e aroma com suavidade do sabor. Ameniza o amargor e o corpo.
A torra clara preserva mais os óleos aromáticos (grãos permanecem secos), mas acentua a acidez da bebida ao mesmo tempo que produz um café gourmet menos encorpado.
Ideal para máquinas de café expresso.
2 – CAFÉ TORRA MÉDIA OU MEDIUM
Ponto de equilíbrio entre várias características como acidez, aroma e amargor.
Normalmente acentua o corpo, porém, o café começa a ficar menos encorpado com torras mais escuras.
Ideal para coador de pano ou filtro de papel.
3 – CAFÉ TORRA ESCURA OU DARK
Café menos ácido, mais amargo e menos encorpado.
Torra mais escura deixa o café mais amargo, o que pode ser confundido com um café “mais forte”.
A torra muito escura pode “queimar” o café, acentuando muito o amargor e praticamente eliminando a acidez e o corpo.